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VLT Carioca e Instituto Pretos Novos celebram o mês da Consciência Negra com a exposição “Memórias da Pequena África”, no Terminal Gentileza

A iniciativa une arte, memória e mobilidade urbana

Escrito por Assessoria de Comunicação, em 11/11/2025

Em celebração ao mês da Consciência Negra, o Terminal Gentileza recebe, a partir desta terça-feira (11/11), a exposição “Memórias da Pequena África”, uma iniciativa que une arte, memória e mobilidade urbana. A mostra é realizada pelo Instituto de Pesquisa Pretos Novos (IPN), em parceria com o VLT Carioca, e inaugura um espaço dedicado à valorização da história e da cultura afro-brasileira em um dos principais pontos de conexão do transporte público da cidade.

“É uma honra para nós contribuir com iniciativas que promovem a valorização da memória e da cultura afro-brasileira. A exposição ‘Memórias da Pequena África’ reforça nosso compromisso com a democratização do acesso à arte e à história, transformando o Terminal Gentileza em um espaço de reflexão e conexão com as raízes da cidade. Queremos que cada passageiro tenha a oportunidade de conhecer e se reconhecer nessa narrativa tão importante para o Rio de Janeiro e o Brasil”, avaliou Sílvia Bressan, diretora do VLT Carioca.

Com pesquisa curatorial e concepção de Marco Antonio Teobaldo e design gráfico do artista visual Luciano Cian, a exposição apresenta um recorte histórico fundamental sobre a região da Pequena África, território que guarda um dos mais importantes legados da presença africana no país. Teobaldo, também curador do Museu Memorial Pretos Novos, na Gamboa, traz para o espaço público o resultado de uma extensa pesquisa sobre a memória afro-diaspórica na cidade.

“A escolha do Terminal Gentileza reforça o compromisso de democratizar o acesso à cultura e à história, inserindo a arte no cotidiano de milhares de pessoas que circulam diariamente pelo espaço. A mostra transforma o terminal em um ponto de encontro entre a memória histórica e o presente urbano, promovendo reflexão e reconhecimento da ancestralidade africana na formação da identidade carioca”, destacou o curador.

A exposição é composta por três painéis monumentais que criam uma jornada visual temporal:

- “Raízes da Matriz Africana" - celebra a riqueza civilizatória do continente africano pré-colonial, apresentando os grandes impérios, reinos e culturas que formaram a base ancestral dos povos que chegaram ao Brasil.

- "Resistência e Recriação" - retrata os processos de resistência cultural durante o período escravista, focando no Cais do Valongo e nas estratégias de preservação das tradições africanas.

- "Florescimento na Pequena África" - celebra o nascimento do samba e outras manifestações culturais genuinamente brasileiras nos bairros da Gamboa, Saúde e Santo Cristo, destacando figuras como Pixinguinha, Iyá Davina de Omolu, João da Baiana e Donga, além de personalidades importantes da cultura nacional como Pelé e Ruth de Souza.

A exposição fica em cartaz até 14 de dezembro, com acesso gratuito. Para promover experiências culturais acessíveis no transporte público, todo o conteúdo também estará disponível online, no site do IPN. QR Codes espalhados pelo Terminal permitirão que passageiros acessem o material durante suas viagens, ampliando a experiência para além do espaço físico da mostra.

Sobre o Instituto de Pesquisa Pretos Novos

O Instituto de Pesquisa Pretos Novos dedica-se à preservação, pesquisa e difusão da memória afro-brasileira, com ênfase na história da diáspora africana no Rio de Janeiro. Responsável pela gestão do Museu Memorial Pretos Novos, na Gamboa, o Instituto desenvolve ações educativas e culturais voltadas à valorização da ancestralidade e à promoção da igualdade racial.